Para amenizar a vida, quebrar a rotina de crises, violências, traições de políticos, restaurar energias perdidas no corre-corre de todos os dias, a Hanami, ou Festa das Cerejeiras (sakuras, em japonês), sábado, no paradisíaco Morro do Chapéu, foi perfeita e das mais bonitas ali já realizadas. E das mais prestigiadas em participantes. Toda a comunidade daquele condomínio, acrescida de parentes e amigos, não deixou espaço vazio no extenso gramado do Parque das Cerejeiras. Nem vaga para estacionar carros em todo o entorno. As toalhas, os tapetes, os lençóis estendidos sobre os canteiros abrigavam adultos e crianças. Estas, as que mais aproveitaram e se divertiram na manhã e tarde fria de inverno. O azul sem nuvens do céu, lá nos 1.500 metros de altitude da montanha coberta de árvores e das flores cor-de-rosa das sakuras, emoldurava tudo com beleza e harmonia.
Haruji Miura, o introdutor das cerejeiras em Minas, autêntico e respeitado imperador do meio ambiente, conseguiu comemorar a árvore símbolo de seu país no melhor estilo nipônico: alegre nas canções, suave nas danças das bonitas japonesinhas, ou descendentes, todas sorrindo, todas com aqueles passinhos curtinhos, bem femininos, seus olhinhos puxados, suas sombrinhas tradicionais e seus coloridos e austeros trajes típicos. Fantástico em harmonia, também, o taiko, a apresentação dos tambores de todos os tamanhos – grandes, médios, pequenos, uma tradição japonesa, no batimento cadenciado feito por jovens orientais, alguns e algumas quase crianças.
Fonte: Estado de Minas